Nos últimos dez anos, os jogos de luta evoluíram de forma impressionante, equilibrando nostalgia, inovação e apelo competitivo. De arenas 3D a pancadarias em 2D de visual anime, o gênero mostrou fôlego para se reinventar sem perder a essência que conquistou fãs desde os fliperamas.
Reunimos abaixo um ranking com os títulos mais marcantes da última década, destacando o que cada um trouxe de especial para o cenário competitivo e para o público em geral.
A Capcom acertou em cheio ao reinventar sua franquia mais icônica. Com gráficos vibrantes em RE Engine, um sistema de controle mais acessível para novatos (Modern Controls) e ao mesmo tempo profundo para veteranos, Street Fighter VI elevou o padrão dos jogos de luta. O “Drive System” trouxe novas camadas estratégicas e o World Tour Mode ampliou o apelo entre jogadores casuais. Hoje, é o título mais relevante do gênero nos eSports.
Street Fighter VI rapidamente se consolidou como o pilar dos torneios internacionais, incluindo a EVO. Seu balanceamento refinado e o inovador “Drive System” elevaram a estratégia a um novo patamar.
O “Modern Control Scheme” abriu portas para iniciantes, enquanto o modo “World Tour” trouxe uma experiência quase de RPG dentro de um jogo de luta.
A Capcom conseguiu atualizar sua franquia histórica sem perder identidade. É, para muitos, o Street Fighter definitivo.
A Bandai Namco refinou a fórmula de sua clássica luta 3D. Tekken 8 trouxe mecânicas novas como o “Heat System”, que aumenta a agressividade e recompensa estilos ofensivos. Com personagens icônicos como Jin e Kazuya, somados a novos rostos, o jogo conseguiu equilibrar tradição e modernidade. Além disso, é visualmente um espetáculo — talvez o mais bonito já feito no gênero.
Com o “Heat System”, Tekken 8 se tornou o jogo mais agressivo e dinâmico da série, ampliando sua relevância no cenário competitivo.
Gráficos de ponta em Unreal Engine 5 e uma campanha cinematográfica deram um salto de qualidade.
Tekken segue sendo a referência de luta em 3D, e este capítulo reforça o domínio da franquia nesse subgênero.
Mais do que uma sequência, Mortal Kombat 1 foi um reboot narrativo que resgatou personagens em versões alternativas. O jogo manteve as tradicionais Fatalities sangrentas, mas inovou com o sistema de “Kameo Fighters”, permitindo assistências em combate. A NetherRealm Studios conseguiu agradar tanto os fãs casuais quanto os competidores profissionais, sem abrir mão da sua identidade brutal.
Com sistema sólido e os novos “Kameo Fighters”, Mortal Kombat 1 encontrou espaço tanto em torneios quanto no público casual.
Inovação
A NetherRealm ousou com um reboot narrativo, recriando sua própria história, além de dar frescor à jogabilidade clássica.
É a prova de que a franquia, mesmo após 30 anos, ainda sabe se reinventar sem perder seu DNA brutal.
Considerado o ápice da série da Nintendo, Ultimate cumpriu a promessa de trazer “Everyone is Here”, com todos os personagens já vistos e dezenas de novos. É um dos jogos mais acessíveis, mas ao mesmo tempo oferece profundidade competitiva suficiente para se manter firme em torneios internacionais. Reúne o que há de melhor em crossovers: Mario contra Sonic? Cloud contra Pikachu? Tudo é possível.
Smash Ultimate é presença garantida em campeonatos e festivais, equilibrando acessibilidade e profundidade.
Reuniu a maior quantidade de personagens já vista em um jogo de luta, quebrando barreiras de licenciamento e entregando o crossover dos sonhos.
Se consolidou como um dos jogos de luta mais influentes da Nintendo e símbolo de inclusão no gênero.
Um sonho realizado para fãs do anime, FighterZ transformou batalhas do universo Dragon Ball em um jogo de luta competitivo de altíssimo nível. Com visuais que parecem saídos diretamente da série animada, o título da Arc System Works se destacou pelo combate em trios, combos espetaculares e acessibilidade inicial sem perder profundidade. Até hoje, é um dos favoritos em eventos como a EVO.
Transformou fãs de anime em competidores, com torneios lotados e hype altíssimo.
Sistema de batalhas em trio e gráficos cel-shading que praticamente recriam a animação original.
Mostrou que adaptações de anime podem ser competitivas, elevando o padrão para futuros jogos licenciados.
Com estilo anime de cair o queixo e trilha sonora marcante, Guilty Gear Strive ajudou a popularizar ainda mais a franquia da Arc System Works. O sistema de “Wall Break” e o netcode rollback de excelência fizeram do jogo uma referência em conectividade online. É um dos títulos mais técnicos e recompensadores para quem busca domínio de execução e criatividade nos combos.
Graças ao rollback netcode, se tornou um dos títulos mais jogados online e referência em responsividade.
Estética anime em altíssimo nível, trilha sonora marcante e novas mecânicas como o “Wall Break”.
Consolidou Guilty Gear como uma das séries mais respeitadas e provou que jogos de luta “de nicho” podem ganhar alcance global.
O retorno de uma lenda. Depois de décadas sem novidades, a SNK ressuscitou Fatal Fury com City of the Wolves, oferecendo um visual renovado e um sistema de combate mais dinâmico, inspirado tanto em King of Fighters quanto em tendências modernas do gênero. A expectativa para o futuro competitivo do título é enorme, marcando um recomeço promissor para uma das séries que ajudou a definir os anos 90.
A última década mostrou que os jogos de luta continuam em plena forma. Sejam títulos consagrados como Street Fighter e Mortal Kombat, ou surpresas como Dragon Ball FighterZ e o retorno de Fatal Fury, o gênero conseguiu dialogar com novatos e veteranos, jogadores casuais e competidores profissionais.
E com o crescimento dos eSports, a próxima década promete ser ainda mais eletrizante.
Ainda em expansão, já é visto como promessa de novos torneios e ligas dedicadas.
Resgatou uma franquia clássica dos anos 90 com jogabilidade moderna, sem abrir mão da identidade SNK.
Marca o renascimento de Fatal Fury e abre caminho para o retorno de outras franquias adormecidas da SNK.
Os últimos dez anos consolidaram a diversidade dentro do gênero: de títulos técnicos como Guilty Gear Strive a gigantes acessíveis como Smash Bros. Ultimate. O futuro parece promissor, com novas franquias retornando e a cena competitiva cada vez mais forte.
Seja no fliperama moderno dos eSports ou na sala de estar, os jogos de luta continuam mostrando por que são um dos pilares mais emocionantes do universo gamer
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